quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Greenwich

Fevereiro de 2009. Inverno em Londres. Dia nublado e frio, típico dia londrino, perfeito para explorar mais um destino: Meridiano de Greenwich, nos arredores da capital inglesa. Breve explicação para quem não sabe: o Meridiano de Greenwich é uma linha imaginária que divide o globo terrestre em ocidente e oriente. A partir desse meridiano é possível medir as longitudes e determinar os fusos-horários. A sigla GMT significa Greenwich Mean Time, ou seja, é a hora zero nas medidas dos fuso-horários, e não muda de acordo com as estações do ano.

Minha companheira dessa vez foi a Rosana. Saímos 9h (local) do hotel próximo ao aeroporto de Heatrow e fomos de metrô até a estação Embankment. A própria estação de metrô é interligada com o píer Embankment. Nosso meio de transporte até Greenwich seria um barco sobre o rio Tâmisa!


A tarifa do barco só de ida até Greenwich custou apenas 3,45 libras, com direito a um passeio pelos principais pontos turísticos de Londres que estão às margens o river Thames.


Passamos pelo Big Ben e parlamento inglês, na super roda-gigante London Eye, na Saint Paul´s Cathedral...


Passamos pela famosa Tower Bridge e ao seu lado a imponente Tower of London!


Quando não dava para aguentar o vento gelado, íamos para a parte interna do barco, que é aquecida.


A duração da viagem de barco, do Embankment píer ao Greenwich píer durou 45 minutos.


Greenwich é considerado Patrimônio da Humanidade, além da famosa linha do meridiano, possui também outras atrações: O Museu Marítimo Nacional, o Observatório Real e Old Royal Naval college. Andamos por todo o Greenwich Park em direção ao Observatório Real, local que mostra exatamente por onde o meridiano passa.


Exatamente no meio do mundo! Um pé no leste e outro no oeste! Emocionante!


Essa foto mostra a "materialização" do meridiano e cita algumas cidades e suas longitudes (à leste e à oeste).

Exatamente meio-dia (hora GMT) apareceu um cara vestido com roupas do século XVIII, alguns fantoches na mão e abordou todos os turistas ali presentes explicando sobre o surgimento dos meridianos: até início do século XVIII, eram comuns acidentes com grandes navios no mar por falta de um instrumento de navegação preciso. Depois de um grande acidente em 1707 que matou 2.000 homens, o rei Charles II ofereceu uma recompensa de 20.000 libras para aquele que conseguisse resolver o problema e encontrar meios de medir a longitude no mar. Após 60 anos, um carpinteiro de Yorkshire recebeu seu prêmio: John Harrison descobriu que a cada 15 graus que se viaja para leste, a hora local move uma hora a frente e quando se viaja a oeste, a hora se move para trás. A partir dessa observação, é possível determinar a distância entre dois pontos do planeta Terra se souber a hora local e vice-versa.

A explicação do "ator/professor" foi fascinante e todos adoraram, principalmente as crianças!

Fizemos uma breve visita ao Observatório Real, que tem um grande acervo de instrumentos de astronomia e um planetário.

Voltamos a Londres de trem por ser mais rápido e barato (já tínhamos o ticket travelcard que serve pro dia todo). Ainda tivemos tempo de um almoço rápido em Convet Garden.

Depois de visitar o "meio do mundo" só nos restou voar mais "meio mundo" de volta pra casa...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Passeio de barco em New York

Não preciso escrever muito sobre Nova York porque todos já conhecem de filmes e seriados. Central Park, Times Square, Empire State Building, Quinta Avenida, Wall Street, Broadway... já estamos familiarizados com esses cenários desde criança com o famoso filme "Esqueceram de mim 2" até os atuais filmes Sex and City, além dos seriados Friends, CSI NY e vários outros.

Nova York é indescritível. Considerada a capital do mundo é a única "cidade-cidade de verdade" como disse Truman Capote. Arranha-céus, muita gente nas calçadas, táxis amarelos, musicais da Broadway, museus incríveis, zoológicos, parques, praças, várias nacionalidades em um lugar só!

A primeira vez que fui a Nova York, em 2007, me senti realmente dentro de um filme. Apesar de hotel que ficamos hospedados ser em Long Island, vale a pena pegar 50 minutos de trem e passar algumas horas na ilha de Manhattam, o centro de Nova York.

Depois de quase cinco anos com belíssimas oportunidades de visitar Nova York, aprendi o único segredo pra se locomover em Manhattan: ter um mapa! Todas as avenidas verticais são em ordem: 1ª, 2ª,3ª até a 12ª e ruas horizontais também são na ordem 23, 24 , 25 até 207.. então não é difícil, a gente sempre sabe que paralela a Quinta Avenida estarão a Quarta e Sexta Avenidas.

Quanto ao metrô, é só olhar no mapa e ver se seu destino está ao norte ou ao sul da ilha: se estiver ao norte, deve-se pegar o metrô sentido Uptown, se estiver ao sul é só pegar sentido Downtown. Muito simples! Não tem erro.

Para quem tem I-Phone ou I-Pod, existem muitos aplicativos com mapas de Nova York, inclusive o Google Maps que mostra exatamente sua localização e é MUITO bom. Aproveito para deixar registrado aqui no blog minha sincera homenagem ao Steve Jobs por essa criação que facilita tanto nossa vida e indicar a todos o aplicativo "All Subways" com mapas de metrôs do mundo todo.

Nessa postagem específica, gostaria de relatar um passeio muito legal que fiz em Agosto/2011, pleno verão em NY, justamente a melhor época para se fazer um passeio de barco no rio Hudson, na parte sul da ilha de Manhattan.

A empresa chama-se Circle Line Sightseeing e o píer fica na rua 42 com a 12ª avenida. Achei que seria mais interessante fazer o passeio chamado Harbor Lights Cruise, que parte às 19h e seria possível ver o pôr-do-sol e as luzes da cidade se acendendo.


Essa é a vista do píer que saímos. O barco lotou antes da hora e o passeio começou com 20 minutos de atencedência!


A animadíssima Paula foi minha parceira dessa vez. Pena que não conseguimos assento na parte de cima do barco, mas ficamos zanzando o tempo todo em busca de melhores ângulos para as fotos!


A Estátua da Liberdade (Lady Liberty) foi projetada pelo engenheiro Alexandre-Gustave Eiffel e foi um presente dado pela França aos Estados Unidos em 1885 como símbolo de amizade e da concepção de liberdade compartilhada pelos dois países.


A estátua está erguida sobre um pedestal de granito na Liberty Island (Ilha da Liberdade) e foi inaugurada em 28 de outubro de 1886.


O barco deu algumas voltas ao redor da Estátua da Liberdade enquanto o sol ia descendo aos poucos...


O passeio teve duração de duas horas e um guia muito simpático ia explicando sobre os prédios, as ilhas e as pontes. A ponte dessa foto é a famosa Brooklin Bridge, que liga a ilha de Manhattan ao bairro Brooklin, que também pertence a Nova York.


O barco contornou toda a parte sul da ilha e voltou pelo mesmo caminho, enquanto o dia ia se acabando e a noite começando.


Quando o barco estava voltando ao píer já era noite e as luzes da cidade já estavam todas acessas, mudando totalmente a paisagem...

Foi um passeio maravilhoso e inesquecível. E, para finalizar o dia com chave de ouro fomos jantar no restaurante italiano Carmine´s no coração da Times Square: spaghetti com almôndegas e limonada de morango!!!

Para acessar todas as fotos acessem:
https://picasaweb.google.com/106259675007546897994/NewYorkBoatTrip#

terça-feira, 26 de julho de 2011

Jet Lag



Jet Lag (feat. Natasha Bedingfield) Simple Plan

Oh oooooh!
Oh oh oooooh!

What time is it where you are?
I miss you more than anything
Back at home you feel so far
Waitin' for the phone to ring
It's gettin lonely livin' upside down
I don't even wanna be in this town
Tryin to figure out the time zones makin' me crazy

You say good morning when it's midnight
Going out of my head alone in this bed
I wake up to your sunset
And it's drivin' me mad I miss you so bad
And my heart heart heart is so jet-lagged
Heart heart heart is so jet-lagged
Heart heart heart is so jet-lagged
So jet-lagged

Oh oooooh!

What time is it where you are?
Five more days and I'll be home
I keep your picture in my car
I hate the thought of you alone
I've been keepin busy all the time
Just to try to keep you off my mind
Tryin to figure out the time zones makin' me crazy

You say good morning when it's midnight
Going out of my head alone in this bed
I wake up to your sunset
And it's drivin' me mad I miss you so bad
And my heart heart heart is so jet-lagged
Heart heart heart is so jet-lagged
Heart heart heart is so jet-lagged
So jet-lagged

Oh oooooh!
Oh oh oooooh!

I miss you so bad (I miss you so bad)
I miss you so bad (I miss you so bad)
I miss you so bad (I wanna share your horizon)
I miss you so bad (and see the same sunrising)
I miss you so bad (and turn the hour hand back to when you were holding me)

You say good morning when it's midnight
Going out of my head alone in this bed
I wake up to your sunset
And it's drivin' me mad I miss when...

You say good morning when it's midnight
Going out of my head alone in this bed
I wake up to your sunset
And it's drivin' me mad I miss you so bad

And my heart heart heart is so jet-lagged
Heart heart heart is so jet-lagged
Heart heart heart is so jet-lagged
So jet-lagged

Oh oooooh! So jet-lagged



Fuso-horário atrasado Simple Plan

Oh oooooh!
Oh oh oooooh!

Que horas são onde você está?
Sinto mais saudades suas do que qualquer coisa
Lá em casa, parece que você está tão longe
Esperando o telefone tocar
Está ficando solitário levar essa vida de cabeça para baixo
Eu nem quero estar nessa cidade
Estou tentando entender esse fuso-horário que me deixa louco

Você diz bom dia quando ainda é meia-noite
Estou enlouquecendo sozinho nessa cama
Eu acordo com o seu pôr-do-sol
E estou ficando louco de tanta saudade sua
E o meu coração está com o fuso, fuso, fuso-horário atrasado
Coração com o fuso, fuso, fuso-horário atrasado
Coração com o fuso, fuso, fuso-horário atrasado
Fuso-horário tão atrasado

Oh oooooh!

Que horas são aí onde você está?
Daqui a cinco dias eu estarei em casa
Eu tenho uma foto sua no meu carro
Odeio pensar que você está sozinha
Eu me mantenho ocupado o tempo todo
Só para tentar parar de pensar em você
Estou tentando entender esse fuso-horário que me deixa louco

Você diz bom dia quando ainda é meia-noite
Estou enlouquecendo sozinho nessa cama
Eu acordo com o seu pôr-do-sol
E estou ficando louco de tanta saudade sua
E o meu coração está com o fuso, fuso, fuso-horário atrasado
Coração com o fuso, fuso, fuso-horário atrasado
Coração com o fuso, fuso, fuso-horário atrasado
Fuso-horário tão atrasado

Oh oooooh!
Oh oh oooooh!

Eu sinto tanto a sua falta (eu sinto tanto a sua falta)
Eu sinto tanto a sua falta (eu sinto tanto a sua falta)
Eu sinto tanto a sua falta (quero compartilhar seu horizonte)
Eu sinto tanto a sua falta (e ver o mesmo nascer-do-sol)
Eu sinto tanto a sua falta (e voltar os ponteiros do relógio para o momento em que você me abraçava)

Você diz bom dia quando ainda é meia-noite
Estou enlouquecendo sozinho nessa cama
Eu acordo com o seu pôr-do-sol
E estou ficando louco de tanta saudade sua

E o meu coração está com o fuso, fuso, fuso-horário atrasado
Coração com o fuso, fuso, fuso-horário atrasado
Coração com o fuso, fuso, fuso-horário atrasado
Fuso-horário tão atrasado

Oh oooooh! Com o fuso-horário tão atrasado


Ouvi essa música do Simple Plan esse final de semana e me identifiquei muito com ela, principalmente na parte do "você diz bom dia quando é meia-noite" e pensei nos horários loucos que ativo meu despertador quando estou na Europa e o despertador no horário de Brasília. Mandei pra Quel o vídeo e ela me deu a idéia de escrever sobre jet lag e eu achei bem oportuno.

Primeiro gostaria de explicar o que é Jet Lag. Do inglês, jet é jato e lag é diferença de horário, ou seja é a diferença de horário que se sofre quando se faz viagens com aviões a jato. O planeta Terra é dividido em 24 fusos-horários dividido pelas linhas imaginárias chamadas latitudes. A partir do ponto inicial, Greenwich, aumenta-se as horas a leste e diminue-se a oeste. As excessões são os horários de verão e as fronteiras de alguns países que se adaptam às latitudes.

O ciclo circadiano é um período de aproxidamente 24 horas (um dia) em que todo o ciclo biológico dos seres vivos são baseados, influenciado pela luz solar. É exatamente esse ciclo que é afetado pelo jet lag, quando se cruza rapidamente mais de três fusos, o organismo não consegue acompanhar o novo tempo de rotação da Terra, causando a fadiga de viagem.

No caso de viagens que cruzam a linha o Equador (hemisférios norte/sul) ainda têm as diferenças de temperaturas, causadas pela inversão das estações do ano. Ou seja, quando é inverno na Europa, é verão aqui no Brasil, com diferenças de temperatura de uns 20 graus Celsius. Tudo isso interfere muito na condição fisiológica do viajante.

Bom, quanto ao meu caso, não precisam ficar com dó de mim pois acho que meu ciclo circadiano já se adaptou a não se adaptar. "O segredo é não mudar seu relógio", diz as revistas de dicas aos viajantes, quando o tempo que for passar no destino for menor que o número de fusos cruzados é melhor nem mudar o relógio. Sim, mas para saber os horários dos museus, restaurantes e trens eu preciso ficar fazendo contas pra descobrir?! Não é tão fácil quanto parece, o cérebro também fica confuso. Por isso, resolvi o problema comprando um maravilhoso relógio com dois mostradores!


Assim fica mais fácil, deixo um mostrador com o horário do Brasil e outro com o horário do destino que estou, facilita muito.

Para nós brasileiros, principalmente da região sudeste do país, temos quase o ano inteiro de dia amanhecendo as 6h e escurecendo às 18h. Somente no horário de verão que muda um pouco mas apenas uma hora. Confesso que nunca tinha pensado sobre isso antes de fazer viagens internacionais, pois esse é um presente de Deus, que vivenciamos todos os dias e nem percebemos! Nos países mais afastados da linha do Equador não é assim que acontece. Nos invernos os dias são muito curtos, na Inglaterra por exemplo amanhece às 9h e escurece as 16h, e no verão os dias são muito longos, já vi o pôr do sol às 21h na Itália! Isso é muito estranho para nós brasileiros, mas, nós tripulantes nos adaptamos a tudo!

A situação mais louca que já passei na aviação foi quando fiz um voo para Inglaterra no mês de janeiro e estava com 3 horas a mais que o horário de Brasília e uma temperatura de 3 graus. Voltei para São Paulo e no dia seguinte fiz um voo para Manaus que estava com 35 graus e 2 horas a menos que o horário de Brásília!!! Uma grande diferença, mas nada que nosso organismo não se adapte!

Acho que é por isso que a lei brasileira não considera nosso trabalho insalubre, eles sabem que a gente se adapta!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Vale do Reno - parte 4

Começo de julho de 2011 e mais uma oportunidade de passear na Alemanha surgiu! O voo para Frankfurt dessa vez foi via Rio de Janeiro, mas o tempo de permanência lá era o mesmo, aproximadamente 30 horas.

Dessa vez consegui alugar carro no aeroporto e o plano era o mesmo: sair 7h da manhã (horário local - 2h horário do Brasil) e passear pelas cidades às margens do rio Reno, visitando o máximo de castelos possíveis em 10 horas!

Minhas parceiras dessa vez foram a Taryana e a Rosemeire. Pegamos a autoban com destino a nossa primeira cidade: Lahnstein.

Lahnstein é uma cidade de importância estratégica, situada na confluência dos rios Lanh e Reno.


A cidade foi fortificada na Idade Média e ainda hoje é possível ver algumas de suas torres, portas e muralhas.


Nosso primeiro destino na cidade foi um café, e, em seguida o centro de informações turísticas. Um senhor muito simpático nos explicou (em inglês) sobre a principal atração da cidade, o castelo Lahneck, situado no alto da colina atrás da cidade.


Subimos toda a colina de carro e foi possível estacionar aos pés da bela fortaleza de Lahneck.



A única maneira de visitar o castelo de Lahneck é com visita guiada em alemão. Como só havia nós três lá e não entendíamos alemão, a guia não quis nos guiar dentro do castelo mas deixou que a gente ficasse nos jardins tirando fotos.
Essa torre parece até a da Rapunzel!


Essa é a fachado do castelo Lahneck, vista a partir de uma de suas torres da muralha.

Continuamos o passeio e seguimos uns 20km em direção a outro castelo: Marksburg, na cidade de Braubach. É um dos castelos mais famosos da Alemanha, tombado pela UNESCO como patrimônio da humanidade, é o único castelo nas margens do Reno que nunca foi destruído.


O castelo fica localizado em uma colina de 160m de altura, atrás da cidade de Braubach e esse é o visual que temos de um dos seus jardins.


A vista do Rio Reno é muito bonita a partir desse ponto, na parte externa do castelo.


Fizemos a visita guiada em alemão mesmo. Mas um guia escrito em inglês nos auxiliava, a Taryana fazia a tradução simultânea. Passamos por diversas partes do castelo: os quartos, a capela, a sala de tecelagem, uma parte mostrando a evolução das armaduras... tudo muito bem conservado. A visita durou cerca de 50 minutos.



Essa foto mostra o castelo Marksburg visto a partir da cidade de Braubach.


A construção do castelo foi iniciada no século XII, com a intenção de proteger a cidade de Braubach. Ao longo dos séculos, pertenceu a várias famílias (os brasões de cada uma ficam expostos na entrada do castelo). No período de Napoleão, o castelo foi usado como uma prisão.


Hoje, o castelo funciona como sede da Sociedade Alemã de Castelos, uma iniciativa privata com fins de preservar os castelos da Alemanha.

Continuamos nossa viagem sentido sul das margem direita do Reno. O dia estava muito bonito e os vinhedos nas margens do reno estavam verdes e cheio de uvas. Nossa parada dessa vez foi na cidadezinha de Kaub, e o castelo visitado foi o Burg Pfalzgrafenstein (não me pergunte como se pronuncia!). Localizado em uma ilha do Rio Reno.


Esse castelo foi erguido em 1326, na época do famoso rei Ludwig da Baviera. O castelo funcionava como posto de pedágio dos navios que passavam por ele.
Para chegar até lá, pegamos um barquinho em Kaub, por 2,50 euros nós chegamos na ilha Pfaz em apenas 3 minutos! A visita ao castelo incluia um panfleto explicativo em português (ebaaa!!!) e através das indicações numeradas descobrimos todos os mistérios do castelos: seus calabouços, suas torres, suas maneiras de fechar os portões...


Essa é a vista do alto da torre do castelo: a bela cidadezinha de Kaub.


Essa foto foi tirada de dentro do barco, quando estávamos voltando. O famoso escritor Victor Hugo fez a seguinte citação sobre esse castelo: "Um navio de pedra, eternamente à tona sobre o Reno..."



Finalizamos o passeio com um almoço maravilhoso e tipicamente alemão na cidade de Rüdesheim.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mont Blanc - France

Final de Abril de 2010: primavera na Europa, fim de todo aquele frio, ótima época para explorar. Essa exploração foi uma das mais ousadas que já fiz pois cruzamos de um país para outro no pouco tempo que temos em nosso pernoite remunerado.

O plano começou ainda em São Paulo. O Léo é um parceiro antigo de explorações e ficamos olhando no Google Maps qual seria a distância entre Arona, norte da Itália (local que hospedamos quando pousamos em Milão) e Chamonix Mont Blanc, na França: 222 km ou 2h e 33min! Não tivemos dúvida, esse seria nosso destino!

Conseguimos mais uma parceira, a Sara, e saímos 5h da manhã, horário local (meia-noite horário de Brasília), com o carrinho Panda, alugado no próprio hotel. Apesar de ainda estar amanhecendo, foi possível admirar a belíssima vista do Vale da Aosta, seus castelos e altas montanhas com neve nos topos. Mas o que mais impressionou na viagem foi o túnel de 12km que atravessamos entre a Itália e a França. Tem um pedágio de 40 euros para passamos literalmente "dentro" dos Alpes.

Chamonix é uma cidade famosa pelos esportes de inverno e seus resorts. Além disso, o pico Mont Blanc, com 4.810m de altitude, é considerado o teto da Europa, o ponto mais alto dos Alpes e o terceiro atrativo natural mais visitado do mundo!


A cidade é muito bonita! Cercada por montanhas nevadas de todos os lados. Chegamos tão cedinho que as ruas ainda estavam vazias e fazia aquele friozinho... Tomamos um chocolate quente com croissant e continuamos o passeio.



Um das principais atrações turísticas de Chamonix é o teleférico até o Aiguille du Midi (3.842 m). Construído em 1955, é o teleférico mais alto do mundo. Lembrei-me das vezes que fiz trekking na Serra da Mantiqueira e demorei umas 5 horas para atingir 2.700m no Pico das Agulhas Negras e em 30min iríamos atingir 3.842m!!!

O teleférico estava lotado de turistas com seus equipamentos de esqui. Éramos os únicos sem botas específicas para neve, mas a sorte que lá em cima tem plataformas de madeira com mirantes para observação panorâmica, além de um restaurante e lojas de souvinirs.


É realmente impressionante! A vista é tirar fôlego e nenhuma palavra é capaz de descrever esse lugar! Ficamos impressionados também com a agilidade dos turistas com seus esquis, algo que não fazemos nem idéia de como funciona, já que vivemos em um país tão tropical...


Nesse ponto do mirante é possível preceber a quantos metros estamos acima da cidade de Chamonix, tão pequenininha lá embaixo.


Esse painel mostra extamente o ponto que eu estava, e o ponto onde fica o Mont Blanc, mil metros acima.


Esse pico mais alto ao fundo é o Mont Blanc, em português seria Monte Branco, nome dado devido a neve que permanece lá o ano todo.


Essa plataforma é impressionante! Quem tem medo de altura não pode nem chegar perto!


O impressionante dessa foto é que não é possível diferenciar o que é nuvem e o que é neve...


Nós três e o Mont Blanc ao fundo! Nem parecia que era uma viagem a trabalho, parecia que estávamos de férias.

Almoçamos por lá e já era hora de pegar a estrada de volta. O GPS facilitou muito nossa vida e o Léo pegou o voltante na volta, super empolgado de por estar dirigindo pela primeira vez na Itália e na França.

Observação pós-passeio: oito meses após esse passeio inesquecível fomos notificados com uma multa de trânsito de quase 200 euros!!! Parece que na Itália não se pode NUNCA passar no sinal amarelo... heheh! Ninguém me disso isso na auto-escola de Varginha! Mesmo assim ficamos no lucro, pois um passeio desses é igual a propaganda do Mastercard, não tem preço!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ávila - Espanha

Minhas rotas são determinadas por uma força maior chamada "escala de voo". E essa não segue nenhum tipo padrão ao criar as rotas, às vezes vou a um determinado destino 3 vezes ao mês e depois fico mais de ano sem voltar. Foi exatamente isso que aconteceu com o destino Madri, na Espanha. É um lugar que vou apenas uma ou duas vezes ao ano e não sei o motivo. O importante é que na primeira semana de abril de 2011 eu consegui um voo para Espanha!

Já havia passeado bastante em Madri, além de duas outras cidades ao seu redor: Toledo e Segóvia, portanto precisava de um novo destino para visitar, por isso escolhi Ávila.

Ávila é uma cidade medieval, famosa por ser inteira muralhada. Suas muralhas têm 2,5 Km de extensão e 88 torres redondas, dispostas de 20 em 20 metros. A cidade é tombada pelo UNESCO como patrimônio da humanidade.

A melhor maneira de chegar a Ávila é de ônibus, a partir da estação Méndez Alvaro. A viagem dura em torno de duas horas. Consegui companhia de mais três colegas e saímos do hotel tão cedinho que ainda estava escuro.

Chegamos por volta de 10h e fazia muito frio, apesar de já ser início de primavera. Tomamos um chocolate quente com churros que estavam deliciosos.


Essa foi a primeira vista que tivemos de duas das 88 torres.


A melhor maneira de percorrer toda extensão da muralha é esse trenzinho turístico. Um passeio de aproximadamente 40 minutos passando por fora e por dentro das muralhas.



As muralhas são realmente muito impressionante. Inteiramente construída de pedras, desde o século XI, a mando do rei Alfonso VI de Castela, que ordenou repovoar e fortificar a parte antiga da cidade de Ávila. Em alguns pontos, é possível fazer uma caminhada no alto das muralhas, infelizmente não foi possível naquele dia por ser segunda-feira.


Depois do passeio de trenzinho, fizemos uma caminhada de uns 20 minutos, por fora das muralhas, até o mirante "Cuatro postes".



Valeu a pena a caminhada. A partir desse ponto é possível avistar perfeitamente a cidade dentro das muralhas.



Aí está a explicação do mirante ser chamado de "Cuatro postes". É uma cruz coberta por um dossel de quatro postes. O monumento está ligado à vida de Santa Teresa de Ávila, marca a entrada da santa e seu irmão na terra dos mouros.


Depois fizemos uma caminhada pela cidade antiga, na parte interna das muralhas.


Catedral del Salvador de Ávila, considerada a primeira catedral gótica da Espanha. A abóbada da Catedral faz parte das muralhas.



A visita ao interior da catedral é pago, e infelizmente não é possível tirar fotos.

Como nosso tempo em Ávila era curto, foi possível apenas almoçar e já era hora de pegar o ônibus de volta a Madri, o metrô de volta ao hotel e o avião de volta ao Brasil.