segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Natal em New York

 
 
 
Natal é uma festa religiosa que celebra o nascimento de Cristo. Porém, o Capitalismo nos forçou a enxergar o Natal como troca de presentes, reunião familiar, comilança, Papai Noel, árvores enfeitadas e muita iluminação! Independente do ponto de vista sobre a situação, a realidade é que vivemos essa magia sob uma perspectiva diferente do nosso país tropical: o Papai Noel usa roupas de inverno e as árvores de Natal são cobertas de neve! O Natal no Brasil é quente e chuvoso, muito diferente da magia que vemos nos filmes americanos.
 
E se existe um lugar no mundo que tem a cara do Natal dos filmes é Nova York! Lá sim faz muito frio nessa época e toda a decoração da cidade gira em torno dessas luzes "mágicas"! No Natal de 2013 passei o dia 24 na casa dos meus pais em Minas e dia 25 fui, à trabalho, para Nova York. Foi uma experiência muito legal, com cerca de 30 graus celsius de diferença!
 
Em Minas, meu irmão vestiu de Papai Noel para surpreender minha sobrinha que estava vivenciando seu primeiro Natal e não aguentou nem três minutos naquela fantasia de tanto calor!!! Em Nova York, os Papais Noéis não aguentavam o frio das ruas e iam para dentro dos cafés, restaurantes e lojas!
 
Iluninação da Sexta avenida
Uma das principais atrações em nova York na época do Natal é patinar no gelo e assistir aos espetáculos de Natal! Com a companhia de quatro colegas, encaramos o frio de dois graus negativos nas ruas de Manhattan para vivenciar esse clima natalino tão diferente do nosso!
 
Pista de patinação no gelo do Rockfeller Center
 
 
Nova York é sempre uma multidão! Na época de Natal então, é mais ainda! É MUITA gente, de várias partes do mundo, andando pelas ruas com sacolas e câmeras fotográficas. Cada vez que se atravessa a rua parece que vêm umas duzentas pessoas no sentido oposto!!! Para quem está acostumada com o interior de Minas, isso é assustador!
 
Times Square e multidão para atravessar a rua!
Passar pela Times Square significa comer no restaurante italiano Carmine´s. Apesar da fila para conseguir mesa, a comida é muito boa e o preço é ótimo!
 
Restaurante Carmine´s
 
 
Nossos planos para aquele passeio era o espetáculo de Natal "Christmas Spetacular" no teatro Radio City Music Hall, que pertence ao complexo do Rockfeller Center. Ficamos na fila para os ingressos e conseguimos ótimos lugares por 55 dólares!
 
 
Denise, Roberta Góes, Fernanda, Conrado e eu em frente ao teatro

 
 
O espetáculo é incrível! Além das famosas Rockettes (dançarinas do Rockfeller Center), o show tem Papai Noel, brinquedos, presépio e cenas em 3D! É muito legal! Eu indico a todos! Vale muito a pena!
 
 
 
 
 
 
 
Interior do teatro
 
 
O espetáculo tem duração de 1h 40min e quando acabou já era quase duas da manhã do nosso horário brasileiro!
 
Passeamos pela mais famosa árvore de Natal da cidade (a do Rockfeller Center) e depois de muitas fotos e muito frio voltamos ao nosso hotel em Long Island...
 
Anjos, árvore de Natal gigante, nós e a multidão!!!
 
 
Dedico esse post a todos meus familiares que compreenderam minha ausência em casa no dia 25 de dezembro! Agradeço ao meus colegas pela companhia e parceria!
 
 
 
 
 
 


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Cervinia - Itália

 
Numa dessas andanças pelo mundo, conheci uma jovem sueca que me perguntou sobre o Brasil. Expliquei a ela que no Brasil fazia calor o ano todo e que lá nunca nevava... Ela me olhou intrigada e perguntou: "Como você faz para esquiar?" Eu, rindo, respondi que nunca havia esquiado... Ela arregalou os olhos e disse: "Então o que vocês fazem no inverno?" Eu respondi: "no inverno nós vamos para praia!!". Apesar da ignorância geográfica da menina, pude perceber o quanto o esporte faz parte da vida deles, como se eles não conseguissem imaginar o que fazer no inverno sem neve...
 
O passeio que fiz neste último fim de semana (08/dez/13) me lembrou muito essa conversa que tive anos atrás. Visitei uma das estações de esqui mais famosas da Europa e pude vivenciar a paixão deles por esse esporte tão diferente para nós!
 
 
 
Situada no Vale da Aosta, nos Alpes italianos, a região de Cervinia possui 350 km de área esquiável. Os esquiadores, de todas as idades, sobem de teleférico e descem esquiando pelas várias pistas, tanto do lado italiano, quanto do lado suíço. São 73 pistas para iniciantes, 30 vermelhas e 27 pretas, para experts.
 
 
Apesar do meu espírito aventureiro, não foi dessa vez que aprendi a esquiar... Esse passeio foi apenas para conhecer o lugar, ficar boquiaberta com a beleza da natureza e passar o maior frio da minha vida!!!
 
 
Com um Fiat Cinquecento alugado no aeroporto de Malpensa e a ótima companhia da colega Giane, saímos do hotel em Arona (NO) às 7h (local, 4h Brasil), ainda nem havia amanhecido. Quando amanheceu já estávamos no Vale da Aosta, curtindo o visual dos Alpes...
 
Amanhecer na estrada

Foram duas horas de viagem em paisagens belíssimas: castelos e montanhas incríveis!
 

Breuil - Cervinia
 
 Estacionamos o carro em uma cidadezinha chamada Breuil-Cervinia, que mais parecia cidade cenográfica do que realidade! E como maravilhoso pano de fundo da cidade, o imponente Monte Cervino, conhecido na Suíça como Matterhorn. Com um marcante pico triangular que estampa as embalagens do chocolate Toblerone, ele possui 4.478m de altitude.

Fui no balcão de informações e expliquei a situação: somos brasileiras e não vamos esquiar, onde podemos ir? A simpática italiana mostrou o mapa e explicou que poderíamos ir até o Plateau Rosa (3.480m), com duas paradas no caminho.
 
Únicas sem equipamentos de esqui, subimos felizes na cabine do teleférico, na companhia de um casal de ucranianos com cerca de 60 anos, animadíssimos para esquiar!
 
Eu e Giane no primeiro lance do teleférico
 
A primeira parada foi a 2500m de altitude, no Plain Maison. O termômetro indicava 1 grau positivo e nós maravilhadas com tudo nem tivemos tempo de sentir frio (por enquanto) e nos misturamos aos esquiadores (fora das pistas), já que a bota própria para neve já havíamos comprado no dia anterior...


Detalhe para a bota de neve, que eu nunca vou usar no Brasil!

Depois de fazer vídeos para minha sobrinha Gabriela, que estava completando 7 meses naquele dia, tirar muitas fotos e "brincar" com a neve, continuamos nossa exploração para a segunda parada chamada de Cime Laghi Bianchi.
 
Na subida, dava pra ver os lagos congelados... pareciam espelhos quebrados...
lago congelado
A segunda parada foi mais incrível ainda. Ver as pessoas descendo esquiando dá uma sensação boa, de tranquilidade e paz.
O cabelo está parecendo medusa por causa do vento

 O Monte Cervino é visível o tempo todo
A emoção começou na terceira etapa do passeio. O teleférico é imenso, tipo o do Pão de Açúcar, e aquele tanto de gente com seus equipamentos se amontoam e chegam a 3500m de altura.
Teleférico
 
Quando chegamos ao Plateau Rosa, várias surpresas: temperatura de 9 graus negativos (!!!!!!!!!!!!), uma linha amarela mostrando a divisa de países, Itália de um lado e Suíça de outro e uma paisagem tão linda que não encontro palavras para descrever...
 
Essa sou eu com um pé na Suíça e outro na Itália, o problema é que não estava sentido meu nariz, orelhas e dedos

 
O frio é tanto, mas tanto que a gente nem conseguiu ficar curtindo a paisagem, tivemos que correr para o restaurante e tomar uma bebida quente para esquentar.
Meu pé direito afundou na neve e fiquei uns 40 min sem sentir meus dedos do pé direito...
 
 

Dentro do restaurante estava ótimo! Aquecidas e curtindo o visual!
 
 
 
Aí chegou a hora da gente acordar do sonho e lembrar que estávamos na Itália à trabalho... Fomos as únicas a utilizar os teleféricos para descer...era hora de voltar a Arona, devolver o carro no aeroporto de Malpensa, voar 12h e chegar em Guarulhos com uma temperatura de 32 graus!!!
 
Gastos da viagem, por pessoa:
aluguel do carro: 30 euros
gasolina: 26 euros
pedágio: 16 euros
teleférico: 29 euros
 
Total: 101 euros
 
Dedico esse post a três pessoas: ao tio Hans, que me mostrou pela primeira vez a foto do Matterhorn e eu fiquei apaixonada pelo pico; à minha mãe, que eu levei até a Zermatt, na Suíça e não conseguimos ver esse pico devido a uma grande nevasca, e à minha colega Giane, que foi uma grande parceira!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Château Vaux le Vincomte


O castelo de Versailles é um dos pontos turísticos mais visitados em Paris. Famosos pelos seus grandes jardins, imponente arquitetura e recheada de histórias dos reis Luís XIV, Luís XVI, Maria Antonieta e todo o luxo que levaram à Revolução Francesa. Mas para visitar esse castelo tão completo é preciso paciência para enfrentar horas de filas... Poucos turistas sabem que existe em Paris um castelo construído antes de Versailles, com jardins e arquitetura incríveis e também com uma história impressionante: o Chateau Vaux le Vicomte. 


A história desse castelo é muito interessante: Nicolas Forquet (1615-1680) era o superintendente das finanças do rei Luís XIV. Em 1641 ele comprou um pequeno castelo próximo a Melun, exatamente metade do caminho entre os castelos reais Fontanebleau e Vincennes (na época ainda não existia Versailles). Forquet era apaixonado por artes, literatura, poesia, pintura, tapeçaria, jardinagem e arquitetura e não poupou esforços (nem dinheiro) para ornamentar seu castelo. Contratou o famoso arquiteto Louis Le Vau, o decorador e pintor do rei, Charles Le Brun e o famoso jardineiro André Le Nôtre. Claro que o resultado foi uma obra prima caríssima, certamente desviada dos cofres reais. Em 17 de agosto de 1661, Fourquet inaugurou seu palácio com uma suntuosa festa, com fogos de artifício, encenação de peça de Molière, comes e bebes no palácio e nos jardins. O rei, indignado com tanto luxo de seu funcionário e ciente de todo o desvio de dinheiro, ordenou sua prisão, que foi feita três semanas após a festa, por d'Artagnan, um dos três mosqueteiros. Em seguida, o rei Luís XIV contratou o mesmo arquiteto e o mesmo jardineiro para projetar o famoso Castelo de Versailles. 
Forquet ficou preso em Pignerol até sua morte e há hipóteses que ele foi o "Homem da Máscara de Ferro". Sua esposa continuou morando no castelo até não conseguir mais pagar as despesas e as dívidas  e vendeu o Vaux-le Vicomte ao comandante do exército real Hector Villar. Ao longo dos séculos o castelo também pertenceu à família do Duque de Praslin e Alfred Sommier. 


Para chegar até o Chateau Vaux le Vicomte é só pegar o trem da linha verde D2, com sentido a Melun e lá pegar um ônibus (somente nos finais de semana de verão) ou um táxi. O ticket de metrô Paris-Visite ou Mobilee são válidos até Melun.

Aproveitei o fim do verão europeu, em setembro de 2013, para conhecer esse belíssimo lugar. Minhas companheiras dessa vez foram a Mariza e a Patrícia. Nossa primeira aventura começou na estação de trem de Melun: não havia  nenhum táxi, apenas um cartaz com o número do telefone. Nenhuma de nós temos celular com roaming internacional e nem falamos francês. Mas quem tem boca vai a Roma, abordei uma moça que estava no ponto de ônibus com um celular na mão, perguntei se ela falava inglês e pedi, na maior cara de pau, para ela ligar para o táxi. Tudo certo! Graças a boa vontade da francesa desconhecida, menos de cinco minutos já estávamos no táxi.


A infra-estrutura turística do castelo é muito boa. Tudo bem organizado para a compra do bilhete e visitas. E o melhor: um áudio-guia em Português!








A visitação ao castelo começa pela átrio central, é possível visitar os aposentos de vários moradores do castelo. Como são muitos, vou colocar aqui as fotos dos que achei mais bonitos.


Quarto que pertenceu a Madame Forquet - redecorado no século XVIII


Grande salão: onde aconteceu a grande festa em 1661

Sala de jantar


Cozinha, que fica no subsolo do castelo
Vista do jardim a partir de uma das janelas do castelo
Após o passeio ao interior do castelo fomos conhecer os imponentes jardins. Os jardins ocupam um espaço de 350m de largura por 1200m de comprimento. Foram projetados de maneira a dar uma visão de infinito.


Os jardins parecem infinitos
 
 
Para facilitar nossa visita nesse imenso jardim, alugamos um carrinho de golfe, que nos ajudou a ganhar tempo para conhecer cada pedaço desse lugar maravilhoso.
 
Eu e Patrícia na frente e a Mariza atrás
 
 
Foi muito divertido conhecer os jardins com o carrinho. A gente parava nos lugares mais bonitos para admirar toda aquela beleza e tirar fotos
 
 
É impossível descrever a beleza dos jardins do Vaux le Vicomte... Tudo muito bem cuidado, as plantas, as fontes, as estátuas e grutas... e para ajudar, o dia estava lindo!
 
 
 
 
 
 

Nas margens do Grande Canal
 
 

 
Para finalizar a visita, em uma parte anexa ao castelo, existem um museu de carruagens, também muito interessante.
 
 
 

Almoçamos no restaurante que tem dentro do pátio do castelo e finalizamos nossa visita com suvenires e sorvete Häagen - Dazs.
 
 
 
Observação importante: nos finais de semana, à noite, há um show de luzes no castelo, com velas e fogos de artifício. Deve ser maravilhoso e com certeza é um lugar que vale a pena conhecer tanto de dia quanto de noite.

Agradeço imensamente a companhia das meninas, que foram super parceiras! Além do passeio no castelo, no dia anterior caminhamos quilômetros nas margens do rio Sena...

Gastos total por pessoa:
Trem (Paris Visite): 28 euros
Táxi ida e volta + carrinho de golfe: 20 euros
Entrada com audioguia: 15 euros
Total: 63 euros
 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Villa Taranto



O outono no países de clima temperado é muito diferente do outono em um país tropical como o Brasil. Aqui nem notamos muita diferença... lá, as folhas das árvores tornam-se amarelas, vermelhas e laranjas e caem silenciosamente, formando um maravilhoso tapete de folhas embaixo de cada árvore...



 

E um belíssimo lugar para desfrutar dessa beleza que a natureza nos proporciona é a Villa Taranto: um dos mais exóticos jardins botânicos da Itália.
A Villa Taranto fica na cidade de Verbania, no norte da Itália, quase fronteira com a Suíça, nas margens do Lago Maggiore.

 

No parque, de 16 hectares, há 20.000 plantas de valor botânico e 80.000 bulbos de flores. Além de diversas fontes, poços, pontes e riachos...
 
 
A grama é tão perfeita que nem parece de verdade!

Os jardins são verdadeiras obras de arte, que nasceram da paixão por botânica do Capitão Neil McEacharn que começou a cultivar esse jardins em 1931.

Busto do Capitão fundador dos jardins
Em italiano, a palavras "villa" é usada para designar  uma espécie de chácara chique. Um grande terreno com uma bela casa e um belo jardim é uma villa.
Hoje, a grande casa da Villa Taranto funciona como prefeitura da cidade.
 
 


 
 
Cada época do ano é temporada de alguma flor em especial. Para isso, existe o calendário das floradas. Em abril florescem as tulipas, maio as azaléas, junho as rosas... de julho a outubro tem uma exposição com 300 tipos de dálias, e pudemos apreciar essa maravilha!
 
 


 
 
 
Existe um itinerário para percorrer o jardim, pois é tão grande que o turista pode perder-se.
 
 
 
Há também algumas estufas com plantas tropicais, inclusive bananeira e a NOSSA Vitória Régia!

 
 
 

 
 
As cores das plantas impressionam!
 
 
 
 
 
 
Tapete de folhas
 
 
 
 
 
A árvore que achei mais linda!

Vista para o Lago Maggiore
 Apesar da chuvinha fina no começo do dia, foi um passeio incrível que indico a todos que estiverem em Milão ou nas redondezas. É só pegar o trem em direção a Domodossola e descer na estação Verbania. Lá, é só pegar um ônibus para centro da cidade e parar no ponto em frente ao jardim.
 
Portão de entrada
 
 Gastos total do passeio:
Trem a partir de Arona: 6 euros ida e volta
Ônibus da estação ao centro: 4 euros ida e volta
Entrada: 10 euros
Total: 20 euros
 


 
 
 Agradeço a companhia da minha colega Tatiane, que foi comigo até Verbania, mesmo sendo nosso plano B (iríamos para Milão...)