quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Castelo de Warwick


Ao longo de nossa vida escolar brasileira, estudamos muito a história da Europa, principalmente o período Feudal, durante a Idade Média. Uma maneira de vivenciar essas aulas de história medieval européia é visitando a magnífica fortaleza feudal britânica, que existe há 1100 anos: o Castelo de Warwick, ums dos mil lugares para conhecer antes de morrer!




















Aproveitei meu último voo do ano de 2014 para passear nesse lugar incrível. E, dessa vez, tive companheiras especiais: minha prima Carolina, ques está fazendo doutorado em Londres e sua mãe, a tia Valéria, que está passando uma temporada na Inglarterra também. Demos sorte de pegar um dia lindo, de céu azul e sem nuvens, apesar de uma baixíssima temperatura.

Carolina, eu e tia Valéria
É muito fácil chegar na fortaleza de Warwick. A partir da estação Marylebone, na região central de Londres, a viagem de trem dura 1h30min.
Estação Marylebone












Chegando na estação de trem da cidade de Warwick, é só caminhar 15 minutos até a entrada do castelo, que fica em uma colina do rio Avon.

A infra estrutura turística é tão incrível quanto a beleza do lugar. Além de todo o contexto histórico, o lugar funciona como uma espécie de parque temático, com shows de mágica, cavaleiros medievais, visitas guiadas pelos calabouços, águias adestradas, além da tradicional visita ao interior do castelo e suas muralhas.



Uma fortaleza que existe desde o século X é repleta de histórias. Pertenceu à família do Barão de Warwick e foi usada como fortificação até o século XVI, onde se transformou em casa de campo da família Grenvile.

Apesar de não pertencer à Coroa Britânica, o castelo já recebeu visitas da rainha Elisabeth I, Victoria e Elisabeth II.



Começamos nossa visita pelos aposentos internos do castelo. Há uma importante coleção de armaduras além de móveis e decoração deslumbrantes com mármore de Carrara nas lareiras,  móveis de madeira talhada, cristais nos lustres. 

Sala de jantar e coleção de armaduras

















Lareira de mármore e lustre de cristais

 São diversos cômodos decorados para o turista visitar: salas, ante-salas, salões, quartos, banheiros, biblioteca. Tudo muito lindo e bem feito e para ilustrar ainda mais, há estáutas de cera, de tamanho real de pessoas, vestidos com roupas de época e representando figuras ilustres do castelos e até alguns empregados. 












Após visitar os cômodos internos dos dois andares do castelo, fomos enfrentar o frio de 2 graus Celsius para explorar o restante da fortaleza. 

Mapa da fortaleza



O mirante The Mound (o monte) é uma das partes mais antigas do castelo, construída por ordens de William, o Conquistador, no século XI. O lugar oferece vistas incríveis do castelo, das muralhas e do rio Avon. 

The Mound









Nós três no alto do Mound


Assistimos ao show das aves, onde águias treinadas voam pelo castelo e voltam para o treinador, muito interessante!

Eagle

Depois fomos até o Jardim dos Pavões, onde cerca de dez pavões vivem soltos.

Peacock garden
















É possível subir nas torres e muralhas do castelo, mas infelizmente não tivemos tempo para enfrentar os 530 degraus, pois já estava na hora de voltarmos para estação de trem, para voltarmos para Londres, para eu voltar para o Brasil. 

cartão postal com vista aérea

Mesmo na correria foi um passeio inesquecível que eu indico a todos que tiverem um tempo disponível na Inglaterra. Um lugar cercado de lendas, mitos, fantasias, é uma imersão na história. 

Agradeço a companhia da Carolina e da tia Valéria, que tornaramo o passeio muito mais divertido e as gargalhadas foram garantidas, principalmente a admiração da tia Valéria encarando as estátuas de cera! 

Desejo um 2015 repleto de passeios para todos!

Gastos totais do passeio:
trem: 28 libras ida e volta
metrô até estação de trem: 6 libras ida e volta
entrada castelo: 18 libras
audioguia: 1 libra
Total: 53 libras (cerca de 200 reais)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Concha y Toro


A vinícola Concha y Toro é a maior do Chile e a segunda maior produtora de vinhos do mundo. Situada no Vale do rio Maipo, próximo a Santiago, é um lugar muito gostoso de passear, mesmo para quem não é fã de vinhos. 

Para quem tem pouco tempo na capital chilena, é um passeio ideal, rápido e muito interessante. Mesmo tendo acordado às 4 da manhã e voando quatro horas de Guarulhos a Santiago, criei forças para conhecer esse lugar lindo... pena que ninguém da tripulação quis me acompanhar...

Para chegar na vinícola Concha y Toro é muito fácil. Só pegar o metrô até a estação Las Mercedes (linha 4 -azul escuro) e depois pegar o ônibus 73 ou 80. 


Entrada da vinícula


Para conhecer a vinícola somente através dos tours organizados pelos guias. Há tours em espanhol, inglês e português. 


Optei por fazer o tour em português, que acontece todos os dias, em cinco horários diferentes (no site oficial da Concha y Toro tem todos os horários). 


Eu e mais uns dez brasileiros fizemos o tour, que é a pé e dura cerca de uma hora. 


O passeio começa por esse lindo corredor, que já impressiona os turistas.  






A primeira parada é na casa de Don Melchor e a guia (brasileira) contou toda a história de quando, em 1883, ele trouxe uvas francesas para plantar em sua propriedade e hoje possui mais de 8.000 hectares de plantações de uva no Chile e na Argentina.



Jardim da mansão de Don Melchor


Mansão de Don Melchor



Em seguida, fomos para o jardim das demonstrações, com 26 tipos de uva e ao fundo 68 hectares de Cabernet Sauvignon, plantadas nessa propriedade. 







Durante a época da colheita, de fevereiro a maio, o turista pode experimentar os diversos tipos de uva.




A primeira degustação do tour foi de um Sauvignon Blanc feito de uvas de três diferentes vales. A guia dá uma breve explicação sobre o vinho. 

O passeio finaliza nas adegas.

Primeiro as mais modernas:


Depois seguimos para a adega mais antiga, que existe desde à época de Don Melchor e chamada de Casillero del Diablo. 
Cassilero del Diablo é o nome do vinho mais famoso da Concha Y Toro. 
De acordo com a lenda, quando começaram a roubar os melhores vinhos da vinícola, na época de Don Melchor, ele espalhou que era o diabo que guardava aquela adega e nunca mais nenhum vinho foi roubado.

Situada a quatro metros embaixo da terra, a adega e fria e fresca naturalmente. A guia fechou as portas e na escuridão projetou luzes e sons para os turistas entenderem a lenda do diabo. 



Depois de conhecer as adegas é hora de degustar dois vinhos tintos Casillero del Diablo. E a taça que usamos para beber os vinhos fica de brinde para os turistas. 


O passeio termina na loja de vinhos, é claro. Os preços são bons e, na minha opinião, vale a pena comprar os vinhos da uva Camenere, que só existem no Chile (foram extintas na Europa).

Gastos totais do passeio:
Metrô: 1200 pesos ida e volta
ônibus: 1200 pesos ida e volta
Tour em português: 9000 pesos
Total: 11400 pesos, cerca de 50 reais ou 20 dólares


Dica: Não vi nenhum turista chegando de metrô e ônibus igual eu, porque os hotéis vendem o passeio já com transfer por 50 dólares. Eu achei muito fácil e engraçado usar o transporte público no Chile porque há um grande número de artistas, vendedores ambulantes e pedintes o tempo todo, deixando a viagem até mais interativa!

domingo, 14 de dezembro de 2014

Alcalá de Henares


Visitar a cidade natal de escritores famosos é algo muito emociante! Pertinho de Madri, na Espanha, fica a cidade que Miguel de Cervantes nasceu e morou por alguns anos. Tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, a cidade é famosa também pela sua importante Universidade.

Para chegar em Alcalá é muito fácil e barato. Apenas 6,50 euros e 35 minutos de trem a partir da estação Atocha em Madri. Conheci essa cidadezinha simpática em um frio dia de outono, em dezembro de 2014.

Plaza de Cervantes

Apesar de estar sozinha, estava muito animada para conhecer uma cidade tão importante. Sempre gostei de Cervantes e a história do maluco Dom Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança sempre foi um dos meus clássicos da literatura preferidos.

Comecei o passeio pela Plaza de Cervantes, a principal praça da cidade. Muito grande, arborizada e com a estátua de Cervantes bem no meio.




Fui até o Centro de Informações Turísticas e descobri uma visita guiada pela cidade, que aproveitei para conhecer os mais importantes pontos turísticos.

Ayutamento - Prefeitura
O guia deu muitas explicações sobre a cidade e a universidade. 

Nossa visita começou pela antiga catedral, que foi destruída na Guerra Civil Espanhola e ficou intacto apenas o altar e a torre. 

Torre da antiga catedral

Dentro das ruínas da antiga catedral existe um centro de estudos de Cervantes com muitas histórias sobre sua vida e obra. 

O mais importante é a pia batismal onde ele foi batizado em 1547. 

Pia batismal onde Cervantes foi batizado
Continuando a visita guiada, fomos até um dos edifícios da Universidade: Colegio Mayor de San Idelfonso. O edifício é composto por vários prédios e jardins e a vantagem de ir com o guia é que ele tem a chave para abrir algumas partes restritas aos visitantes individuais.

Fachada da Universidade - esse prédio atualmente funciona a reitoria

Pátio interno da Universidade

A Universidade foi fundada em 1499 por um frade franciscano chamado Cisneros. 


Outro pátio da Universidade
A parte da visita que fiquei mais emocionada foi conhecer a sala onde todos os anos é entregue o Prêmio Cervantes de Literatura em língua espanhola.

Sala de entrega do Prêmio Cevantes de Literatura

Parede com os nomes dos vencedores

Prêmio Cervantes de Literatura em língua espanhola



Todo 23 de abril, desde 1976, os reis espanhóis e o reitor da Universidade entregam o prêmio nessa sala. Na parede externa está pintando os nomes de todos que já venceram: Jorge Guillén, Maria Zambrano, Jorge Luís Borges, Camilo José Cela ente outros.





Outro pátio interno da Universidade


A visita guiada continuou até a Calle Mayor, principal rua da cidade. O guia explicou que a cidade sofreu influências judias, muçulmanas e cristianas, que sempre viveram juntos e pacificamente em Alcalá de Henares.

Calle Mayor
Todas as casas da Calle Mayor possuem dois andares e embaixo são pontos comerciais.

A casa mais importante da rua é a casa natal de Cervantes. Funciona como um museu, que recria os cômodos de uma casa do século XVI. O museu exibe também uma coleção bibliográfica do autor, com edições mais importantes , curiosidades, traduções em diversas línguas e raridades.

Sancho Pança e Dom Quixote em frente a casa natal de Cervantes 
Pátio interno da casa natal de Cervantes
Continuamos o passeio a pé pela cidade e passamos por outros lugares importantes, que infelizmente eu não tive empo de entrar para conhecer: Museu arqueológico, o belíssimo Palácio Laredo, Monastério de San Bernardo, Palácio dos Arcebispos de Toledo.

Museu Arqueológico

Palácio dos Arcebipos de Toledo

Palácio Laredo
Outra personagem histórica importante que também nasceu em Alcalá de Henares é Catarina de Aragão, a primeira esposa do rei inglês Henrique VIII, que fundou o Anglicanismo para poder se divorciar dela e casar mais cinco vezes!

Catarina de Aragão
Terminado o passeio, parei para almoçar rapidamente e tive que sair correndo para estação de trem, de volta a Madri, de volta ao Brasil.

Gastos totais do passeio:
Metrô em Madri: 4 euros
Trem Cercanias para Alcalá: 6,50 euros
Visita guiada pela cidade: 8 euros
Almoço: 7 euros

Total: 25,50 euros, cerca de 90 reais.