terça-feira, 31 de março de 2015

Viagens Rápidas


Gostaria de informar a todos os seguidores e leitores que o Blog Pelo Mundo agora tem seu próprio site: Viagens Rápidas

Acessem, compartilhem e deixem seus comentários.


http://viagensrapidas.com.br/



quinta-feira, 12 de março de 2015

Serra de Guadarrama




A Serra de Guadarrama é um maciço de montanhas próximo a Madri, na Espanha. Com picos que chegam até 2.500m de altitude, é uma boa opção para curtir a neve para quem está próximo da capital espanhola durante o inverno.


Aproveitei o voo que fiz para Madri em março de 2015 para conhecer uma parte dessa Serra: o Parque Natural de Piñalara.

Dessa vez tive a companhia de dois colegas: a Adriana (aquela que passeou comigo em Bamberg, em 2010) e o Stênio. Vencemos o jet leg para acordar as 6h (que no horário de Brasília era 2h) para aproveitarmos nosso dia na neve!

Stënio, Adriana e eu 

Para chegar no Parque de Piñalara é só pegar o trem Cercanias de Madri, linha C8 até Cercedilla e lá pegar a linha C9 até Cotos. O trajeto dura cerca de 1h30min a partir da estação de trem Chamartin. É possível verificar todos os horários no site renfe.com, mas os trens espanhóis não são tão pontuais como os britânicos.



O trajeto da linha C9 existe com mais frequência no inverno, mas são apenas seis horários. É preciso ficar atento. 

Só a viagem de Cercedilla a Cotos já vale o passeio. Quanto mais o trem sobe, mais linda fica a paisagem.

Dentro do trem, na subida para Cotos
Estação de trem de Cotos


Antes de parar em Cotos, o trem pára em Puerto Navacerrada, onde tem uma estação de esqui. Pensamos em descer lá, mas fizemos amizade com um senhor dentro do trem que nos indicou passear em Piñalara e,como não íamos esquiar, achamos melhor essa opção.

Adriana e eu na estação de Cercedilla











Chegamos na estação de Cotos por volta de 10:15 e fomos direto ao centro de informações turísticas. Lá ganhamos um mapa e traçamos nossa rota: caminhada de 2,6 km até a Laguna de Piñalara. Detalhe: a caminhada seria toda em trilhas na neve e, quem disse que os brasileiros tinham calçados apropriados??!! Mesmo com tombos e escorregões conseguimos fazer essa maravilhosa caminhada, passando por mirantes, vales, cachoeiras, floresta de pinheiros, maciço de pedras e muita, muita neve.











Mesmo com tanta neve, a temperatura estava agradável, cerca de 15 graus. E, com a caminhada toda, sentimos um calorão! Os grandes casacos só atrapalharam, por isso é importante levar uma mochila.







A Laguna de Piñalara fica um pouco escondida, em uma parte mais alta, e sem muita sinalização. Descobrimos o caminho porque chegou um grupo de turistas e o seguimos. A subida é bem íngreme até o lago mas a paisagem compensa. O que não esperávamos era que o lago estivesse congelado com aquele calor todo!

Laguna de Piñalara congelada


Depois de um descanso, lanchinho, muitas fotos, vídeo para Gabriela minha sobrinha e brincadeiras na neve, era hora de voltar os 2,6 km. Gastamos cerca de 3h todo o trajeto.






Voltamos para a entrada do parque, onde tem um restaurante com mesas do lado de fora. É possível comer curtindo o visual das montanhas, das brincadeiras das crianças na neve e dos lindos cães São Bernardo.


Restaurante da montanha


De volta a estação de Cotos era hora de voltar para Cercedilla, voltar para Madri, voltar para São Paulo, voltar para Minas...

Gastos totais do passeio, por pessoa:

Metrô até estação de trem: 4 euros
Passagem do trem: 17,50 euros
Total: 21,50 euros, cerca de 75 reais.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Cambridge



Conhecer lugares novos é sempre bom, mesmo que seja em pouco tempo e em uma temperatura baixíssima. Pensando nisso é que planejei visitar a famosa cidade universitária Cambridge, quando fiz um voo para Londres em janeiro de 2015.

Companhia eu já tinha garantida pois minha prima Carolina, que está fazendo doutorado na UCL, e sua mãe já tinham confirmado a presença nesse passeio!

Cambridge é uma cidade que fica a 80km a nordeste de Londres. É banhada pelo rio Cam, o que transformou a cidade em importante centro comercial durante a Idade Média. Mas, a partir do século XIII a cidade passou a ser sede de uma das mais importantes universidades do mundo: a Cambridge University.


Cena comum na cidade: bicicletas e cartazes

Os trens saem de Londres a cada 30 minutos da estação King's Cross e a viagem dura cerca de 45 minutos. Da estação de trem até o centro de Cambridge é uns vinte minutos de caminhada ou cinco minutos de táxi.

A Universidade é composta de 31 faculdades, 16 delas surgidas na Idade Média. Lá formaram-se estudantes ilustres como John Milton, William Wordsworth, Francis Bacon, Steven Hawking. Darwin, Newton e Cromwell viveram em Cambridge em diferentes épocas.

Carolina, eu e tia Valéria na fachada do St John´s College





















A primeira faculdade que fomos visitar foi a St John´s College.



Logo na entrada recebemos um guia com informações em português (!!!) com toda a história do edifício, que antes funcionava como hospital.


Visitamos os cinco claustros da faculdade e a capela.

Vitrais da capela



No terceiro claustro (third court), há um engenhoso recurso de uma janela com nada por trás, que oculta a esquina entre a Biblioteca e o novo claustro construído ao longo da margem do rio. 

Janela oculta




O St John´s College espalha-se pelas duas margens do rio Cam e exibe uma das mais belas pontes da cidade, conhecida como Ponte dos Suspiros.

A Ponte dos Suspiros que liga o Claustro Novo ao Terceiro Claustro tem esse nome por ser uma ponte telhada e por isso se assemelha à famosa Ponte dos Suspiros de Veneza, que dava acesso à prisão. Na Universidade de Cambridge, essa ponte apenas liga um prédio ao outro, e os estudantes e professores passam por ela o tempo todo. 

Ponte dos Suspiros


Um costume típico de Cambridge é fazer Putting no rio Cam. Através de uma embarcação tipo canoa, o barqueiro ao invés de remar empurra o barco colocando uma vara até o fundo. Mesmo com o frio abaixo de zero, muitos turistas estavam aproveitando esse passeio, pois é a partir do rio Cam, sob os ramos dos chorões plantados na margem, que é possível admirar o "The Back" que são os fundos dos prédios da universidade.


Putting no rio Cam
Infelizmente nós não tivemos tempo para esse passeio e também o frio nos desanimou muito.

Depois fomos visitar a Trinity College, lugar onde Isaac Newton estudou e morou. É lá que fica a famosa árvore que caiu a maçã em sua cabeça e ele descobriu a gravidade!

Portal da Trinity College


Pátio da Trinity College

Maciera de Newton
Na verdade, essa não é a macieira original, como dizem. Essa é uma árvore que veio da original, que na verdade era na casa de Newton, perto dali.

A Trinity College é a maior da Universidade de Cambridge e foi fundada pelo rei Henrique VIII em 1546.

Lá visitamos a capela e a biblioteca, além dos pátios principais.

Abordei alguns alunos para perguntar sobre como é estudar lá e eles me contaram que é muito difícil e há muita competição.

Capela da Trinity college



Paramos para almoçar e percebemos que nosso tempo nessa famosa cidade universitária já estava acabando. 

A famosa King´s College foi possível visitar apenas por fora, o que foi uma pena pois sua capela é considerada uma das mais maravilhosas da Inglaterra. Realmente, a beleza da arquitetura impressiona!


King´s College

Passamos pelo famoso "The Corpus Clock", que existe na cidade desde 2008 e foi divulgado por Stephen Hawking. Ele apresenta o "chronophage", comedor do tempo, que dá um passo a cada segundo. É uma espécie de relógio ao avesso, pois o mecanismo do relógio fica fora dele. E nenhum computador é envolvido no mecanismo!


E também apenas passamos pelo famoso pub The Eagle. Foi lá que Watson e Crick anunciaram ao mundo que eles haviam descoberto o segredo da vida, o DNA!


Para quem veio de um país que nunca ganhou nenhum prêmio nobel, estar em uma Universidade que já recebeu 82 prêmios é realmente emocionante, O clima de cultura e estudos domina o lugar e eu senti MUITA vontade de estudar lá.

Apesar de já poder riscar na lista mais um dos "Mil lugares para conhecer antes morrer", achei que nosso passeio ficou um pouco incompleto. Quero voltar em Cambridge (no verão) para passear de barco no rio Cam, visitar a King´s College e o pub Eagle e, quem sabe, estudar?!



Gastos totais do passeio (por pessoa):
passagem trem: 30 libras
entrada no St John´s College: 5 libras
entrada na Trinity College: 3 libras
Táxi: 4 libras
Total: cerca de 170 reais


quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Castelo de Warwick


Ao longo de nossa vida escolar brasileira, estudamos muito a história da Europa, principalmente o período Feudal, durante a Idade Média. Uma maneira de vivenciar essas aulas de história medieval européia é visitando a magnífica fortaleza feudal britânica, que existe há 1100 anos: o Castelo de Warwick, ums dos mil lugares para conhecer antes de morrer!




















Aproveitei meu último voo do ano de 2014 para passear nesse lugar incrível. E, dessa vez, tive companheiras especiais: minha prima Carolina, ques está fazendo doutorado em Londres e sua mãe, a tia Valéria, que está passando uma temporada na Inglarterra também. Demos sorte de pegar um dia lindo, de céu azul e sem nuvens, apesar de uma baixíssima temperatura.

Carolina, eu e tia Valéria
É muito fácil chegar na fortaleza de Warwick. A partir da estação Marylebone, na região central de Londres, a viagem de trem dura 1h30min.
Estação Marylebone












Chegando na estação de trem da cidade de Warwick, é só caminhar 15 minutos até a entrada do castelo, que fica em uma colina do rio Avon.

A infra estrutura turística é tão incrível quanto a beleza do lugar. Além de todo o contexto histórico, o lugar funciona como uma espécie de parque temático, com shows de mágica, cavaleiros medievais, visitas guiadas pelos calabouços, águias adestradas, além da tradicional visita ao interior do castelo e suas muralhas.



Uma fortaleza que existe desde o século X é repleta de histórias. Pertenceu à família do Barão de Warwick e foi usada como fortificação até o século XVI, onde se transformou em casa de campo da família Grenvile.

Apesar de não pertencer à Coroa Britânica, o castelo já recebeu visitas da rainha Elisabeth I, Victoria e Elisabeth II.



Começamos nossa visita pelos aposentos internos do castelo. Há uma importante coleção de armaduras além de móveis e decoração deslumbrantes com mármore de Carrara nas lareiras,  móveis de madeira talhada, cristais nos lustres. 

Sala de jantar e coleção de armaduras

















Lareira de mármore e lustre de cristais

 São diversos cômodos decorados para o turista visitar: salas, ante-salas, salões, quartos, banheiros, biblioteca. Tudo muito lindo e bem feito e para ilustrar ainda mais, há estáutas de cera, de tamanho real de pessoas, vestidos com roupas de época e representando figuras ilustres do castelos e até alguns empregados. 












Após visitar os cômodos internos dos dois andares do castelo, fomos enfrentar o frio de 2 graus Celsius para explorar o restante da fortaleza. 

Mapa da fortaleza



O mirante The Mound (o monte) é uma das partes mais antigas do castelo, construída por ordens de William, o Conquistador, no século XI. O lugar oferece vistas incríveis do castelo, das muralhas e do rio Avon. 

The Mound









Nós três no alto do Mound


Assistimos ao show das aves, onde águias treinadas voam pelo castelo e voltam para o treinador, muito interessante!

Eagle

Depois fomos até o Jardim dos Pavões, onde cerca de dez pavões vivem soltos.

Peacock garden
















É possível subir nas torres e muralhas do castelo, mas infelizmente não tivemos tempo para enfrentar os 530 degraus, pois já estava na hora de voltarmos para estação de trem, para voltarmos para Londres, para eu voltar para o Brasil. 

cartão postal com vista aérea

Mesmo na correria foi um passeio inesquecível que eu indico a todos que tiverem um tempo disponível na Inglaterra. Um lugar cercado de lendas, mitos, fantasias, é uma imersão na história. 

Agradeço a companhia da Carolina e da tia Valéria, que tornaramo o passeio muito mais divertido e as gargalhadas foram garantidas, principalmente a admiração da tia Valéria encarando as estátuas de cera! 

Desejo um 2015 repleto de passeios para todos!

Gastos totais do passeio:
trem: 28 libras ida e volta
metrô até estação de trem: 6 libras ida e volta
entrada castelo: 18 libras
audioguia: 1 libra
Total: 53 libras (cerca de 200 reais)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Concha y Toro


A vinícola Concha y Toro é a maior do Chile e a segunda maior produtora de vinhos do mundo. Situada no Vale do rio Maipo, próximo a Santiago, é um lugar muito gostoso de passear, mesmo para quem não é fã de vinhos. 

Para quem tem pouco tempo na capital chilena, é um passeio ideal, rápido e muito interessante. Mesmo tendo acordado às 4 da manhã e voando quatro horas de Guarulhos a Santiago, criei forças para conhecer esse lugar lindo... pena que ninguém da tripulação quis me acompanhar...

Para chegar na vinícola Concha y Toro é muito fácil. Só pegar o metrô até a estação Las Mercedes (linha 4 -azul escuro) e depois pegar o ônibus 73 ou 80. 


Entrada da vinícula


Para conhecer a vinícola somente através dos tours organizados pelos guias. Há tours em espanhol, inglês e português. 


Optei por fazer o tour em português, que acontece todos os dias, em cinco horários diferentes (no site oficial da Concha y Toro tem todos os horários). 


Eu e mais uns dez brasileiros fizemos o tour, que é a pé e dura cerca de uma hora. 


O passeio começa por esse lindo corredor, que já impressiona os turistas.  






A primeira parada é na casa de Don Melchor e a guia (brasileira) contou toda a história de quando, em 1883, ele trouxe uvas francesas para plantar em sua propriedade e hoje possui mais de 8.000 hectares de plantações de uva no Chile e na Argentina.



Jardim da mansão de Don Melchor


Mansão de Don Melchor



Em seguida, fomos para o jardim das demonstrações, com 26 tipos de uva e ao fundo 68 hectares de Cabernet Sauvignon, plantadas nessa propriedade. 







Durante a época da colheita, de fevereiro a maio, o turista pode experimentar os diversos tipos de uva.




A primeira degustação do tour foi de um Sauvignon Blanc feito de uvas de três diferentes vales. A guia dá uma breve explicação sobre o vinho. 

O passeio finaliza nas adegas.

Primeiro as mais modernas:


Depois seguimos para a adega mais antiga, que existe desde à época de Don Melchor e chamada de Casillero del Diablo. 
Cassilero del Diablo é o nome do vinho mais famoso da Concha Y Toro. 
De acordo com a lenda, quando começaram a roubar os melhores vinhos da vinícola, na época de Don Melchor, ele espalhou que era o diabo que guardava aquela adega e nunca mais nenhum vinho foi roubado.

Situada a quatro metros embaixo da terra, a adega e fria e fresca naturalmente. A guia fechou as portas e na escuridão projetou luzes e sons para os turistas entenderem a lenda do diabo. 



Depois de conhecer as adegas é hora de degustar dois vinhos tintos Casillero del Diablo. E a taça que usamos para beber os vinhos fica de brinde para os turistas. 


O passeio termina na loja de vinhos, é claro. Os preços são bons e, na minha opinião, vale a pena comprar os vinhos da uva Camenere, que só existem no Chile (foram extintas na Europa).

Gastos totais do passeio:
Metrô: 1200 pesos ida e volta
ônibus: 1200 pesos ida e volta
Tour em português: 9000 pesos
Total: 11400 pesos, cerca de 50 reais ou 20 dólares


Dica: Não vi nenhum turista chegando de metrô e ônibus igual eu, porque os hotéis vendem o passeio já com transfer por 50 dólares. Eu achei muito fácil e engraçado usar o transporte público no Chile porque há um grande número de artistas, vendedores ambulantes e pedintes o tempo todo, deixando a viagem até mais interativa!