quinta-feira, 17 de maio de 2012

Segóvia - Espanha


Segóvia é uma  cidade localizada cerca de 100 km de Madri e declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Em dezembro de 2010, tive a oportunidade de passar um dia maravilhoso nessa cidade e conhecer um pouco de sua história.

Primeira parte do passeio: como chegar. É muito fácil e rápido chegar a Segóvia partindo de Madri. Graças aos trens de alta velocidade AVE é possível chegar a Segóvia em 27 minutos, partindo da estação Chamartin. E o preço é cerca de 25 euros por trecho.



Essa foto, tirada dentro do trem, mostra que reamente é um trem de alta velocidade: 244 km/h.

A estação de trem fica afastada da cidade, é preciso pegar um ônibus para se chegar até o centro histórico. Todos os horários de ônibus coincidem com as chegadas e partidas dos trens. Na estação é possível adquirir mapas da cidade.


Convidei vários colegas para o passeio, mas apenas duas aceitaram meu convite, a Camila e a Deise. Assim que descemos do ônibus nos deparamos com o enorme aqueduto romano. É muito impressionante o tamanho e a perfeição dessa obra. Construída pelos romanos, no século I, sem o uso de cimento ou argamassa, apenas encaixe de pedras, com o objeitvo de transportar água das montanhas para a cidade. O aqueduto possui 813 metros de extensão e 28 metros de altura, além de 166 arcos e 120 pilares em dois níveis.


Tivemos sorte de estar um dia muito bonito de inverno. Apesar do frio de cerca de 10°C, fazia sol e céu estava bem azul. Não tivemos tempo de percorrer toda a extensão do aqueduto, pois tinha os outros pontos turíticos a conhecer.



Na Plaza Mayor fica imponente Catedral de Segóvia. Construída em estilo gótico, entre os anos 1525 e 1577, possui três abóbadas altas e uma torre de 90 metros. Do ângulo que tirei essa foto não é possível ver a torre, mas na primeira foto da postagem têm-se a vista geral da cidade.
A visita a Catedral custa 3 euros, com direito ao mapa da catedral com explicações em português. O guia é bastante informativo, enumera e explica todas as 20 capelas, além do presbitério, altar-mor, claustro, sala capitular, coro e sacristia. O estilo e a cronologia da catedral é gótico, mas é preciso acrescemtar que a concepção de espaço, a luminosidade, os volumes e o seu tratamento respondem a uma estética renascentista. No seu interior, encontram-se grandes obras artísticas, infelizmente é proibido fotografar.



Por último, mas não menos importante, visitamos o Alcazar de Segóvia. A visita custa 5 euros, também com direito a mapa e explicações em português, que facilita muito a visita.


Durante a Idade Média, o Alcázar foi uma das moradas favoritas dos reis castelhanos, chegando a ser uma fortaleza chave para o domínio de Castela. Filipe II celebrou nele o casamento com sua quarta mulher, Ana de Áustria.


Após a instalação da Corte em Madri, o Alcázar perdeu a sua condição de residência real e tornou-se prisão estatal durante mais de dois séculos.


Em 1762, o rei Carlos III fundou a Real Escola de Artilharia, que foi instalada no Alcázar. Hoje funciona o Museu da Real Escola da Artilharia, dividido em quatro etapas.

Em 1862 um apavorante incêndio destruiu os telhados e estragou a estrutura do Alcazar. Em 1882 começou a restauração e em 1898 instalou-se na parte superior do prédio o Arquivo Geral Militar, que se encontra até hoje.

O roteiro para a visita no Alcazar passa nos seguintes cômodos: Sala do Paço Velho, Sala da chaminé, Sala do Trono, Sala da Galé, Sala das Pinhas, Câmara Régia, Sala de Reis, Sala do cordão (foto abaixo), capela, sala de armas e, a parte que mais gostei: a torre São João II.

A grande torre foi construída sob o reinado de João II, como ampliação de outra mais antiga. Durante muito tempo serviu de Prisão Estatal. As doze pequenas torres da zona supeior são obras de Juan Guas. 


Nesse momento que estávamos apreciando a incomparável paisagem da cidade de Segóvia do alto da Torre, os sinos da Catedral bateram 12 vezes, indicando que era meio-dia do horário de inverno europeu... hora de descer da torre, voltar para estação de trem, voltar para Madri, voltar para o Brasil...