O rio Loire na França é também conhecido como “rio
real” pois, há séculos, nobreza e realeza francesa ergueram mais de mil
castelos e mansões às suas margens. De acordo com o livro “1.000 lugares para
conhecer antes de morrer”, cada uma dessas construções é uma obra prima de
suntuosidade e extravagância, que deve ser visitada antes de morrer! O difícil
mesmo é escolher quais castelos visitar quando se tem apenas um dia para
passear na região. Acabei decidindo pelos dois mais conhecidos: Château de
Chenonceau e Château de Chambord.
A melhor maneira de se chegar ao Vale do Loire é de
carro, a partir de Paris. Eu e três colegas, Regina, Ronaldo e Valéria,
aproveitamos nosso dia “inativo” (sem precisar trabalhar) na capital francesa para
fazermos nosso último passeio de 2012.
Saímos cedo, com um Peugeot 207 SW alugado no aeroporto Charles de
Gaulle. Em menos de três horas e com a ajuda do GPS, chegamos ao nosso primeiro
destino: o castelo de Chenonceau.
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Da esquerda para direita: Valéria, Regina, eu e Ronaldo | |
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A infra-estrutura turística do lugar é tão
impressionante quanto sua beleza. Há amplos espaços para estacionamento, várias
máquinas para comprar os ingressos (caso tenha muitas filas no caixa normal) e melhor
de tudo, um guia de 22 páginas escrito em português!!! Algo que não existe nem
no museu do Louvre!
O castelo de Chenonceau foi construído sobre o rio
Cher, no século XVI, por Thomas Bohier e Katherine Briçonnet. Foi um presente
do rei Henrique II a sua amante preferida Diane de Poitiers, em 1547. Após a
morte do rei, a viúva, Catarina de Médicis desalojou Diane e deu prosseguimento
a obras de arquitetura no castelo. Já em 1589, ao perder seu esposo Henrique III,
Louise Lorraine viveu seu luto dentro do castelo e foi a última representante
da realeza a viver no castelo de Chenonceau.
No século XVIII o castelo foi ambiente de saraus e era
frequentado por escritores, poetas, cientista e filósofos da época, entre os
quais Montesquieu, Voltaire e Rousseau. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi
instalado um hospital nas duas galerias do castelo e mais de dois mil feridos
foram atendidos graças a enfermeira chefe Simone Menier.
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Jardim de Diane de Poitiers |
Depois de familiarizar com a história do castelo,
preferimos começar a visita pelos jardins. Visitamos primeiro o jardim de
Catarina de Médicis, com 5.500 m2, tem uma vista magnífica da fachada oeste do
castelo. Depois fomos ao jardim de Diane de Poitiers, com 12.000 m2 formado por
oito grandes triângulos de grama que convergem em um chafariz. Ambos jardins
são belíssimos e até no inverno dá vontade de passar o dia apreciando abeleza
do lugar.
No interior do castelo, alguns aposentos estavam com a
lareira acesa, deixando a visita ainda mais agradável. No piso térreo,
inicia-se a visita pela sala de guarda, passando pela capela, quarto de Diane Portiers,
Gabinete Verde, biblioteca, a majestosa galeria com 60 metros de comprimento e
18 janelas.
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A grande galeria era usada como um magnífico salão de baile |
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Capela do castelo com decoração de Natal |
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Quarto de Catarina de Médicis |
A cozinha do Chenonceau fica situada no imenso porão
formado pelas duas primeiras pilastras fincadas no leito do rio Cher. Após a visita a cozinha, volta-se ao andar
térreo para a visita ao Salão François I e Salão Luís XIV.
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Cozinha localizada no porão |
A escada que conduz ao primeiro andar foi uma das
primeiras escadas retas construídas na França. No primeiro andar é possível
visitar o vestíbulo de Katherine Briçonnet, o quarto das cinco rainhas, o
quarto de Catarina de Médicis, o quarto de César Vendôme, o quarto de Gabrielle
D’Estréss. E no segundo andar é o fúnebre quarto de Louise de Lorraine, que
viveu seu luto no castelo após o assassinato de seu marido, o rei Henrique III.
Após a visita ao castelo, passamos pelo pequeno museu
de cera, composta pelos personagens ilustres que já moraram ou visitaram o
castelo. Também na parte de fora há a chamada “Fazenda do século XVI” que
abrange a estrebaria e a horta do castelo. Há também um labirinto de plantas de
1hectare, no meio de uma clareira do parque de 17 hectares.
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Fazenda do século XVI |
Para voltar ao estacionamento é obrigatória a
passagem pela loja de souvenirs. A vontade era de ficar mais e passar o dia
todo naquele lugar lindo, aconchegante e bem cuidado, mas como tínhamos pouco
tempo seguimos nosso caminho. Continuamos nossa viagem rumo ao maior castelo do
Vale do Loire, mas esse vai ficar para o próximo post...
mais um lugar que adoraria ter ido com vc, prima! adoro o blog, porque agora que a gte não se encontra com tanta frequencia, posso pelo menos ler um resumo das suas aventuras ;)
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